domingo, 22 de janeiro de 2017

Nos corredores do Santa Maria

Limpeza!
Ambientes livres de fumaça,
Sem cigarros, QUE PAVOR!
Mas ela se esgueirava, a fumaça, a maconha,
E o que mais pudéssemos querer e ter
Sempre há um jeito e havia.
Do torpor, mais entorpecer.
Com menos limpeza e com mais cheiros e aromas
Ninguém via ou fingia não ver.
Era nosso alivio, nossa fuga, “nosso eu?”
(alguns viam, confiscavam e puniam, mas o “foda-se” pairava)
Da limpeza, a sujeira que nos lavava a alma.
Entorpecidos em meio ao torpor,
Vivos, insanos, rebeldes, presos, mas na alma, libertos.

Anderson Luiz de Souza

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